A Frente Nacional de Defesa dos Jumentos, face a Nota da ADAB, em que informa que o mormo (zoonose que acomete equídeos e humanos) está controlado, vem informar a todos que tal informação está equivocada! A própria ADAB, em nota emitida em 27/05/2019, declara que, até a data de emissão da Nota, foram diagnosticados 8 animais positivos para mormo e 5 animais positivos para anemia infecciosa, no grupo de jumentos apreendido em Euclides da Cunha/Canudos-BA. Até hoje, no mesmo grupo de jumentos, o total de resultados positivos somam: 10 mormos e 11 anemia infecciosa equina (AIE).
Dessa forma, a liberação do abate dos jumentos no país, além de inaceitável, gerando sofrimento aos animais e sua extinção, representa um risco à saúde da população e a animais outros. 
Lembrando que os jumentos nordestinos que estão indo para o abate são recolhidos já em situações críticas e transportados da forma mais equivocada possível, levados para locais onde são mantidos em péssimas condições, sem qualquer controle de saúde ou provimento de suas necessidades básicas de alimentação e água, até serem encaminhados aos abatedouros.
Dezenas de animais positivos para doenças graves para equídeos, como a A.I.E., e de caráter zoonótico e altamente contagiosas, como mormo, foram amplamente confirmadas no rebanho apreendido em Euclides da Cunha/Canudos-BA. Centenas de animais morreram em Itapetinga-BA de forma extremamente cruel com manejo violento, além de muitos animais agonizando e mortos serem mantidos juntamente com os vivos, sem qualquer cuidado e alimentação enquanto aguardavam o transporte para o abatedouro, muitos acometidos por doenças contagiosas e os produtos originários desse abate foram exportados em 2018. As mortes e irregularidades incluindo contaminação ambiental da fonte principal de abastecimento público da cidade de Itapetinga foram amplamente noticiadas pela imprensa nacional à época.
Desta forma, com a liberação do abate, o descaso tanto do M.A.P.A como do Governo do Estado/Federal e seus serviços se mostra evidente e coloca ainda mais em risco nossa população e animais, descumprindo protocolos sanitários nacionais e mundiais e destruindo um patrimônio que é o jumento.